Informações da Polícia Militar dão conta sobre um crime bárbaro em Jaguaré. Uma mulher identificada como Dara Leonel de Souza, de 22 anos, foi espancada até a morte pelo companheiro Romildo Rosa dos Santos, na madrugada deste domingo (17) na Fazenda Viveiro Vale Verde na localidade de Caximbal, em Jaguaré no Norte do Espírito Santo.
Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar, uma viatura foi acionada pelo Hospital de Jaguaré dando conta de que uma mulher havia dado entrada em estado grave na unidade com lesões provocadas possivelmente pelo companheiro da vítima.
De acordo com a PM, o médico plantonista constatou que Dara Leonel sofreu espancamento no rosto, tendo o maxilar quebrado e face bastante lesionada, foi arrastada pelo cabelo causando lesões pelo corpo e que o crânio apresentava lesões por ação contundente. Diante das informações, os militares prosseguiram do hospital para a residência do casal acompanhados de dois familiares da mulher espancada.
Vítima desacordada
Duas testemunhas relataram para a PM, na unidade de saúde, que a vítima e o marido, de 29 anos, estavam em uma festa e teriam entrado em uma discussão durante o evento. Dara foi para casa a pé e o homem, suspeito, deixou o local, em seguida, em uma motocicleta.
Preocupadas com a integridade física da mulher, as testemunhas disseram para os policiais que foram até a casa do casal e lá encontraram a vítima desacordada próxima ao marido, que permanecia na residência. Elas prestaram socorro, no momento em que o homem fugiu. As testemunhas levaram Dara para a unidade de saúde.
Filhos assistiram crime
Dara Leonel de Souza, de 22 anos, era mãe de duas crianças. De acordo com o irmão da vítima, os filhos dela, uma menina de sete anos e um menino de quatro estavam em casa e assistiram a mãe ser agredida e morta covardemente pelo companheiro.
Emocionado, o irmão de Dara pediu justiça. “Ela era uma menina muito doce, cara. Ela ficou irreconhecível. Ele agrediu muito o rosto dela. É uma dor insuportável. Entre os quatro irmãos nós só tínhamos ela de irmã mulher. Eu só quero Justiça. Não quero que o caso da minha irmã seja apenas um número”, desabafou.
Histórico de violência
Segundo o irmão da mulher assassinada, ela acreditava na mudança do assassino mesmo sofrendo com agressões e ameaças. O irmão contou que a vítima era impedida de conversar com familiares por ciúmes do companheiro. “Ela já vinha sofrendo esses abusos, essa violência, e ela esperava mudança por parte dele. Nas raras vezes em que ela ia na casa de minha mãe ela tentava esconder da família as marcas no corpo das agressões dele. Ele tinha ciúmes de tudo, de parentes, de vizinhos. Ele não deixava ela entrar em contato com a gente. Não deixava ela usar redes sociais”, disse o irmão de Dara.
Fonte: 2º BPM – Vila Notícias